Guerra Rússia-Ucrânia

Trump e Scholz prontos a "trabalhar em conjunto para o regresso da paz à Europa"

Antes da conversa entre o chanceler alemão e o presidente eleito dos EUA, Trump aconselhou o homólogo russo a não escalar a guerra na Ucrânia, numa conversa telefónica com Vladimir Putin.

Donald Trump (na altura Presidente dos EUa) e Olaf Scholz (na altura presidente da Câmara de Hamburgo) durante a cimeira do G20 Summit, em 2017, na Alemanha
Donald Trump (na altura Presidente dos EUa) e Olaf Scholz (na altura presidente da Câmara de Hamburgo) durante a cimeira do G20 Summit, em 2017, na Alemanha
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O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, falou com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e ambos disseram estar "prontos para trabalhar em conjunto para o regresso da paz à Europa".

"Ambos trocaram opiniões sobre as relações entre a Alemanha e os Estados Unidos e questões geopolíticas atuais", disse no domingo o porta-voz do chanceler, Steffen Hebestreit.

"Disseram também que estavam prontos para trabalhar juntos para o regresso à paz na Europa."

Scholz deverá submeter-se ainda este ano a um voto de confiança que irá obrigar a eleições gerais antecipadas, após a dissolução da coligação governamental que apoiava o chanceler alemão.

Horas antes, o jornal The Washington Post noticiou que Trump aconselhou o homólogo russo a não escalar a guerra na Ucrânia, numa conversa telefónica com Vladimir Putin.

Trump terá lembrado ao líder russo a considerável presença militar que os Estados Unidos têm na Europa e expressado interesse em manter conversações para abordar "a resolução da guerra na Ucrânia em breve".

O jornal referiu que o Governo ucraniano terá sido informado do telefonema entre Trump e Putin e não se opôs à conversa. Trump não confirmou até ao momento a realização da conversa.

No domingo, o porta-voz da Presidência da Rússia disse ver "sinais positivos" do republicano.

"[Trump] Fala de paz, não de confronto, não do desejo de infligir uma derrota estratégica à Rússia, o que o distingue favoravelmente da atual administração [norte-americana]", acrescentou Dmitry Peskov.

O Presidente cessante dos EUA, Joe Biden, indicou que planeia acelerar o envio de armas para a Ucrânia para poder entregar os restantes seis mil milhões de dólares (5,6 mil milhões de euros) de ajuda aprovados pelo Congresso antes do final do seu mandato.

Trump, que tomará posse em 20 de janeiro, tem sido muito crítico em relação ao envio de armas para a Ucrânia.