A proposta não está fechada, mas em breve Bruxelas prepara-se para anunciar sanções contra várias empresas chinesas que acusa de ajudar a Rússia na guerra contra a Ucrânia. Terão entregue a Moscovo componentes electrónicos e partes aeronáuticas essenciais para a fabricação de mísseis e drones.
A iniciativa da União Europeia ainda não foi tornada pública, mas merece já forte contestação de Pequim.
“A China opõe-se firmemente às sanções unilaterais que não se baseiam no direito internacional ou na autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Quanto à Ucrânia, estamos empenhados em promover conversações para a paz. A China nunca forneceu armas às partes em conflito e controla rigorosamente a exportação de artigos de dupla utilização, mesmo drones para uso civil, e opõe-se à utilização de drones civis para fins militares”, diz Mao Ning, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Chinês.
As sanções de Bruxelas contra várias empresas chinesas são conhecidas durante o maior ataque com drones levado a cabo pela Rússia. Foram quase 190 duma só vez. Quase todos foram destruídos mas alguns terão danificados edifícios e centrais elétricas
Moscovo prepara-se para retaliar depois da Rússia ter sido atingida duas vezes com mísseis de longo alcance na zona de Kursk, ocupada pela Ucrânia.
A relação entre o Kremlin e o Reino Unido atravessa o ponto mais baixo dos últimos anos. A Rússia decidiu expulsar um diplomata britânico expondo-o primeiro perante a comunicação social do país. Ao mesmo tempo, Londres apresenta-se numa coligação que pretende pôr a Europa a fazer o que ainda não foi feito. Tornar o fabrico de armamento uma prioridade
“Todos nós reconhecemos que as despesas com a defesa têm de aumentar, têm de aumentar face às ameaças globais e crescentes. Estamos a aumentar as despesas com a defesa europeia. Estamos a unir mais estreitamente as nossas indústrias de defesa”, afirma John Healy, ministro britânico da Defesa
“Continuaremos a prestar um maior apoio à indústria de defesa ucraniana e a ajudar no seu desenvolvimento, uma vez que isso aumentará a rapidez com que o material é disponibilizado às forças armadas ucranianas. E fá-lo-emos, como primeiro passo, com as receitas provenientes dos lucros excepcionais. Um primeiro passo importante que contribuirá precisamente para isso”, diz Boris Pistorius, ministro alemão da Defesa.
A Europa quer estar preparada se tiver de enfrentar Moscovo e aprofundar o apoio a Ucrânia, não só porque Donald Trump ao chegar ao poder pode virar do avesso a ajuda a Kiev, mas também porque a Rússia avançou e de que maneira no terreno nos últimos meses