Em tempos de guerra, os adolescentes ucranianos enfrentam um dilema que pode definir uma vida. Antes dos 18 anos, muitos deixam o país, outros ficam para combater.
Em fevereiro, um mês antes de completar 18 anos, o ucraniano Roman apanhou um comboio em direção à Eslováquia. Em Bratislava, inscreveu-se num curso de gestão de empresas.
Para trás ficou a família, incluindo a mãe, a irmã e a avó, que reencontrou oito meses depois na cidade de Kosice, perto da fronteira com a Ucrânia.
A 1 400 quilómetros dali, uma história e uma decisão totalmente diferentes. A guerra estava no início, Andriy tinha 18 anos e escolheu ficar para defender o país. Entre os 18 e os 21 anos, conheceu apenas a guerra.
Duas vidas distintas com uma coisa em comum: o sonho de voltar a viver numa Ucrânia em paz.
"A partir dos 18 anos...": Estados Unidos querem soldados ucranianos mais novos a combater
A idade de recrutamento no exército ucraniano é de 25 anos, mas perante a necessidade de rejuvenescer as fileiras, cresce a pressão dos aliados para que a obrigatoriedade de servir comece aos 18 anos.
Desde o início da invasão russa, quase sete milhões de ucranianos de todas as idades deixaram o país.