A NATO reconhece que Rússia está a fazer progressos no território ucraniano e apela aos aliados que cumpram os compromissos assumidos na cimeira de julho, em Washington. Putin diz que o Ocidente está a empurrar Moscovo para as linhas vermelhas.
Analistas militares admitem a desvantagem da Ucrânia e, na frente leste, um piloto de drones a quem chamam cérebro reconhece que as tropas russas avançam ao ritmo mais rápido desde o início da invasão.
Kurakhov, um reduto estratégico na região de Donetsk, estará prestes a cair nas mãos de Moscovo.
O secretário-geral da NATO admitiu esta segunda-feira que a situação no campo de batalha é difícil e que a Rússia está a fazer progressos na Ucrânia.
No encontro anual com responsáveis da Defesa, Vladimir Putin elogiou os militares que neste último ano permitiram à Rússia atingir os objetivos estratégicos da denominada operação especial.
Putin acusou o Ocidente de empurrar a Rússia para as linhas vermelhas, algo não irá tolerar, e afirma estar atento aos avanços dos Estados Unidos no que toca a mísseis de curto e médio alcance.
Depois da luz verde de Washington e Londres, em novembro, para atacar solo russo com mísseis de longo alcance ATACMS e Storm Shadow, Kiev já realizou ataques com recurso a estas armas.
Moscovo respondeu com um míssil hipersónico Orechnik, cuja produção em série o Kremlin já terá ordenado.
O novo míssil tem capacidade para transportar ogivas nucleares e atingir alvos até 3 mil quilómetros.
Há 2 semanas, Putin ameaçou atacar Kiev, recorrendo a três ou quatro Orechnik, afirmando que mesmo com carga convencional o impacto seria similar ao de uma arma atómica.