A Rússia deteve um cidadão originário do Uzbequistão e acusou-o de ser o responsável pelo atentado de terça-feira contra o chefe da defesa nuclear, biológica e química das Forças Armadas russas.
A televisão estatal russa exibiu imagens de um homem a confessar ter colocado o engenho explosivo numa trotinete elétrica à porta da casa do tenente-general russo e detonado à distância. A explosão matou o militar responsável pelas armas nucleares, biológicas e químicas da Rússia, bem como um ajudante que seguia perto.
Na gravação, o homem, acusado de terrorismo, diz que veio para moscovo ao serviço dos serviços secretos ucranianos e descreve toda a operação, repetida minuciosamente pela comissão de investigação russa entretanto nomeada.
A Ucrânia admite a responsabilidade pelo atentado contra Kirillov, até agora o mais alto responsável militar russo assassinado em Moscovo desde o início da guerra em larga escala, que Kiev acusou de ter utilizado de armas químicas proibidas contra soldados ucranianos.
Exatamente um mês antes da tomada de posse de Donald Trump, aguardada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros russo.
Enquanto isso não acontece, Volodymyr Zelensly tenta reunir o máximo de apoios numa União Europeia dividida com a Polónia prestes a assumir a presidência rotativa do Conselho e a defender a entrada de Kiev quer na NATO, quer nos 27.
Já Eslováquia garante que a Ucrânia não vai ser convidada a aderir à Aliança Atlântica e a Rússia não vai aceitar abandonar a Crimeia em futuras possíveis negociações.
Zelensky é um dos convidados no primeiro Conselho Europeu presidido por António Costa, um dia após a cimeira europeia, entre a União Europeia e os Balcãs Ocidentais.