Guerra Rússia-Ucrânia

Milhares de criminosos trocam a prisão pelo campo de batalha na Ucrânia

Cumprem o tempo restante da pena no campo de batalha. É mais uma forma encontrada pelo governo de Kiev ​​​​para reforçar o exército na guerra contra a Rússia. A reportagem é da Sky News.

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Artem aprendeu sozinho a fabricar bombas. Altera projéteis de morteiros, minas e outras munições, para as tornar mais mortíferas. Já produziu mais de mil explosivos que são acoplados aos drones e usados contra os alvos russos, mas é um trabalho perigoso.

Além de fabricá-las, Artem ensina outros soldados a colocar as bombas nos drones. Talvez seja surpreendente, mas as pessoas deste grupo acabam de ser libertadas da cadeia. Fazem parte de um esforço por parte da Ucrânia de recrutar reclusos para a linha da frente para reforçar as fileiras mais desfalcadas.

Euslan foi preso por roubar um carro. Diz que trocou a cela pelo campo de batalha por querer defender a Ucrânia. Usa uma insígnia que é usada por uma unidade com cerca de cem criminosos.

O comandante diz que se orgulha dos seus homens, apesar do seu passado. Fala dum soldado que abateu nove russos antes de morrer

“Proíbo toda a gente da brigada de dizer que são reclusos, prisioneiros ou criminosos. Não podemos usar retórica. Eles vestiram a farda e fizeram o juramento, são soldados”, explica o comandante.

Há reclusos a aprender a pilotar drones, que em breve usarão. Cerca de sete mil criminosos preferiram o campo de batalha a cumprir pena de prisão, desde que a Ucrânia introduziu este esquema em maio passado. O preço elevado da guerra é um fardo que este país entende demasiado bem.

Esta é uma reportagem da estação televisiva britânica Sky News, parceira da SIC, da autoria da jornalista Deborah Haynes.