Donald Trump afirma ter falado ao telefone com Vladimir Putin para discutir o fim da guerra na Ucrânia. Esta será a primeira conversa direta conhecida entre os líderes dos Estados Unidos e da Rússia desde 2022, quando começou a invasão.
Foi numa entrevista ao 'The New York Post' que Donald Trump prometeu acabar com a guerra na Ucrânia, em curso há quase três anos. Embora ainda não tenha revelado os detalhes de como o irá fazer, na tomada de posse voltou a afirmar que é capaz de pôr fim ao conflito em 24 horas.
Apesar de o plano permanecer envolto em mistério, o presidente norte-americano admitiu ter falado ao telefone com o homólogo russo sobre o fim da guerra. Trump diz querer acabar com o "banho de sangue" e, embora não revele quantas vezes conversou com Putin, garantiu que o líder russo também não quer assistir a mais mortes.
Terá sido a primeira conversa direta entre EUA e Rússia desde fevereiro de 2022
Desde o início do conflito, esta foi a primeira conversa direta conhecida entre a Rússia e um presidente norte-americano.
Confrontado com a alegada chamada, o porta-voz do Kremlin disse à agência noticiosa estatal TASS que têm surgido muitas comunicações diferentes, conduzidas por vários canais, e, por isso, não confirmou nem desmentiu que tenha existido uma conversa entre os dois líderes.
Entretanto, o presidente ucraniano já fez saber que quer reunir-se com Trump antes que este discuta qualquer plano de paz com Putin.
Um encontro que, segundo o presidente norte-americano, é muito provável que aconteça já na próxima semana. Volodymyr Zelensky também comunicou estar disposto a fazer um acordo de segurança com os Estados Unidos em troca da exploração de minerais na Ucrânia.
Lituânia, Estónia e Letónia ligados "com sucesso" à rede elétrica europeia
Do lado europeu, há agora um sentimento de maior segurança, já que os Estados bálticos — Estónia, Letónia e Lituânia — ligaram-se com sucesso à rede elétrica europeia, depois de cortarem as ligações à Rússia.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já reagiu e admite que este passo liberta a Europa de ameaças e chantagens russas.