O ministro dos negócios estrangeiros russo afirmou esta segunda-feira que a Rússia está disposta a negociar com a Ucrânia para pôr fim à guerra, mas só cessará os combates quando as negociações atingirem um resultado "aceitável para a Federação Russa".
“Estamos dispostas a negociar com a Ucrânia e com a Europa, com todos os representantes que, num espírito de boa vontade, queiram ajudar a alcançar a paz, mas só cessaremos as operações militares quando essas negociações produzirem um resultado sólido e sustentável que seja aceitável para a Federação Russa”, disse Lavrov numa conferência de imprensa durante uma visita a Ancara, na Turquia.
Moscovo exige que o exército ucraniano se renda, que Kiev renuncie a cinco regiões total ou parcialmente ocupadas, que renuncie à adesão à NATO e que sejam criadas novas autoridades no país vizinho.
Lavrov fez a declaração no dia em que se assinala os três anos da guerra russa contra a Ucrânia, desencadeada pela invasão lançada em 24 de fevereiro de 2022. Os presidentes russo, Vladimir Putin, e norte-americano, Donald Trump, falaram ao telefone e pretendem lançar negociações sobre o fim do conflito na Ucrânia.
Na conferência de imprensa conjunta com Lavrov, o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, defendeu que as negociações de paz entre a Ucrânia e a Rússia devem envolver "ambos os lados" da guerra.
"Ao entrarmos no quarto ano de guerra, atribuímos grande importância à nova iniciativa norte-americana. Acreditamos que é possível encontrar uma solução através de negociações em que participem ambas as partes", insistiu Fidan. "A Turquia está sempre pronta a assumir o papel de facilitador. O nosso objetivo é pôr termo a esta guerra devastadora o mais rapidamente possível e sarar as feridas na região", acrescentou.
Com Lusa