Guerra Rússia-Ucrânia

Marcelo questiona força da NATO com “reservas” de Trump sobre Ucrânia

O Presidente da República admite que “está difícil convencer” a nova administração norte-americana a participar no “esforço de segurança”. Marcelo diz também que ainda é cedo para falar em enviar tropas portuguesas para território ucraniano.

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Marcelo Rebelo de Sousa sublinha a importância de dar garantias de segurança à Ucrânia para garantir uma paz duradoura. O Presidente da República considera que a administração Trump tem de clarificar se é ou não aliada da NATO e da Ucrânia.

“Todos nós queremos que haja paz, mas queremos uma paz justa, uma paz sustentável e uma paz compreensiva”, defendeu Marcelo Rebelo de Sousa, esta terça-feira, em declarações aos jornalistas, citando o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

O chefe de Estado português admitiu que “está difícil de convencer os aliados ou antigos aliados norte-americanos, com esta nova administração, a participarem nesse “esforço de segurança”, falando em “reservas” de Donald Trump quanto à Ucrânia.

“Até que ponto é que isso reforça a NATO ou enfraquece a NATO?”, questionou o Presidente da República.

Envio de militares para Ucrânia? “É cedo”

O Presidente da República considerou também que"ainda é cedo para se colocar a questão" de um eventual envio de militares portugueses para a Ucrânia e referiu que o Governo tem nesta matéria "uma iniciativa fundamental".

Em resposta às perguntas dos jornalistas, no Palácio de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que "o envio de forças nacionais destacadas tem de ter parecer do Conselho Superior de Defesa Nacional (CSDN)".

“É uma competência do Governo, com intervenção do CSDN e, naturalmente, com intervenção do Presidente da República", acrescentou. “Vamos ter uma reunião no dia 17 de março, mas ainda é cedo para se colocar a questão."

Marcelo Rebelo de Sousa realçou que Portugal tem tido uma "contribuição para a segurança na Ucrânia em países vizinhos, em particular na Roménia e Eslováquia", e já manifestou disponibilidade para,"se fosse necessário reforçar essa posição”.