Guerra Rússia-Ucrânia

Zelensky confirma que vai à Casa Branca já na sexta-feira

O presidente ucraniano deverá assinar um acordo que concede aos EUA acesso aos minerais ucranianos. Trump exigiu este acordo para compensar os milhares de milhões de dólares que foram pagos pelos norte-americanos em ajuda militar à Ucrânia.

Zelensky confirma que vai à Casa Branca já na sexta-feira
Evgeniy Maloletka/AP Photo

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou que vai reunir-se com o homólogo norte-americano, Donald Trump, em Washington, na sexta-feira, para finalizar um acordo sobre a exploração de minerais ucranianos.

"Há uma data de trabalho (...) sexta-feira", confirmou Zelensky durante uma conferência de imprensa, esta quarta-feira, em Kiev, depois de essa informação já ter sido adiantada pela Casa Branca.

Nas últimas semanas, Donald Trump exigiu o acesso a minerais estratégicos ucranianos para compensar os milhares de milhões de dólares pagos a Kiev durante a administração do ex-Presidente Joe Biden em ajuda militar.

"A minha pergunta (a Donald Trump) será bastante direta: os Estados Unidos vão parar o apoio ou não? Podemos comprar armas e obter mais ajuda?", explicou o líder ucraniano depois, falando em inglês e referindo-se ao apoio à resistência à invasão russa iniciada em fevereiro de 2022.

Na terça-feira, um alto funcionário ucraniano já informara que Kiev tinha aceitado os termos do acordo que permite que os Estados Unidos explorem os recursos minerais da Ucrânia, e que Zelensky poderá assinar esse acordo em Washington na sexta-feira.

"Isto é apenas um começo, mas pode ser um grande sucesso. O sucesso dependerá da nossa conversa com o Presidente Trump", acrescentou Zelensky durante a conferência de imprensa, dizendo que, no acordo, Kiev e Washington "poderão falar sobre garantias de segurança e quantidades específicas".

Zelensky explicou que as receitas do acordo de recursos serão depositadas num fundo conjunto EUA-Ucrânia e que a Ucrânia não será "devedora" da ajuda prestada durante a presidência de Biden (2021-2025).

Kiev espera que o acordo melhore as relações com o atual Governo dos EUA, que se deterioraram após violentos ataques verbais do Presidente Trump ao homólogo ucraniano nas últimas semanas.