O Presidente da Ucrânia foi convidado para participar esta quinta-feira no Conselho Europeu extraordinário, em Bruxelas. Tendo como pano de fundo o plano “Rearmar a Europa”, os líderes vão debater as contribuições para a segurança e defesa europeias.
Depois de Washington ter suspendido toda a ajuda militar à Ucrânia, e quando a Europa debate um aumento maciço das despesas com a defesa, combatentes ucranianos apontam a vantagem económica dos drones, mais baratos do que os mísseis. Alertam, todavia, que a doutrina mudou.
“Pelo que vejo e ouço, nenhum exército da NATO está pronto para resistir à guerra de drones”, alerta o coronel ucraniano Vadym Sukharevskyi.
No cenário da Europa deixar de contar com os Estados Unidos e ter que assumir a própria defesa, teria que recrutar e formar 300 mil soldados.
Desafios como a fragmentação dos meios e a incapacidade de projetar forças são apontados pelos analistas militares, mas os gastos estão no topo das preocupações dos líderes europeus.
A presidente da Comissão Europeia quer mobilizar 800 mil milhões de euros, a maior fatia a sair dos orçamentos dos Estados-membros, ainda que sem correrem o risco de incumprimento da política orçamental dos 27.
No estudo que os institutos alemão Kiel e o belga Bruegel fizeram, a Europa precisaria de despender 250 mil milhões de euros anuais para se defender da Rússia.
A capacidade de dissuasão nuclear do Reino Unido e França é vista como crucial.