O presidente da Ucrânia está já a Jeddah. Zelensky desembarcou na costa da Arábia Saudita com uma proposta de cessar-fogo parcial. Será apresentada, terça-feira, ao secretário de Estado norte-americano.
Na reunião, em que não participa Zelensky, os chefes da diplomacia dos dois países, acompanhados por altos responsáveis da Defesa, vão analisar este plano de tréguas, no ar e no mar Negro.
Já em solo saudita, Marco Rubio considerou como promissora a proposta de tréguas de Kiev. O encontro marca o reatamento do diálogo, interrompido após a histórica discussão na Casa Branca entre os presidentes Trump e Zelensky.
"Não estou a dizer que isto por si só será suficiente. Mas este é o tipo de cedência necessária para colocar um fim ao conflito", admitiu Rubio, em declarações aos jornalistas pouco antes de chegar a Jeddah, na Arábia Saudita, para conversações com as autoridades ucranianas.
A bordo do Air Force One, Trump mostrou-se otimista. Revelou que o primeiro passo para o fim da guerra com a Rússia poderá ser um acordo sobre a exploração dos minérios ucranianos.
“Penso que irão assinar o acordo sobre os minerais, mas queremos que… quero que eles queiram a paz agora. Ainda não demonstraram como deviam. Ainda não o fizeram, mas penso que vão fazê-lo e que será evidente nos próximos dois ou três dias. Penso que acabarão por… tem de haver paz”, disse Donald Trump.
Com o diálogo já reatado com os Estados Unidos, a Rússia espera para ver.
“Não importa qual é a nossa expectativa, o que importa é a expectativa dos Estados Unidos. Ouvimos repetidamente declarações a vários níveis de que os EUA esperam que os ucranianos manifestem o desejo de chegar à paz. Provavelmente é disso que todos estão à espera. O regime de Zelensky quer realmente a paz, ou não? É claro que isso é muito importante e precisa de ser determinado”, afirma o porta-voz do Kremlin.
No terreno, Moscovo divulgou imagens da operação montada por tropas especiais em Kursk. Os soldados terão usado um gasoduto para se infiltrarem na retaguarda das linhas inimigas na região do sul da Rússia, ocupada pelas forças ucranianas. Kiev garante que a situação está controlada. Na contra-ofensiva, em que participam 12 mil soldados norte-coreanos, a Rússia terá reconquistado a maioria do território perdido mas com milhares de baixas.