O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse esperar que a trégua parcial acordada pela Rússia e pela Ucrânia "abra caminho a uma paz justa que respeite a independência, a soberania e a integridade territorial da Ucrânia". Sobre a conversa entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky, que marcou a atualidade internacional esta quarta-feira, o Presidente ucraniano mostrou-se disposto a aceitar uma trégua parcial.
"A margem para a conversa com Zelensky foi mais convergente porque efetivamente não havia êxitos a trazer da parte da Rússia, como era expectável do lado da Ucrânia.
Da Ucrânia houve desde o início uma disponibilidade para apoiar as propostas de Trump. Por isso, aqui criou-se uma ponte de contacto muito importante. Mas, por outro lado, ao não haver grandes medidas a pôr em prática no imediato, leva a que essa conversa também tenha sido mais curta, obviamente mais convergente", explica o comandante João Fonseca Ribeiro.
"É razoável admitir que Zelensky, também pela pressão dos restantes aliados, está a dar a oportunidade de facto a que Trump possa criar uma ponte construtiva para este diálogo, mas como estamos todos a perceber, essa ponte é muito estreita e eventualmente os pilares são frágeis", acrescenta o Observatório de Segurança e Defesa da SEDES.
O investimento em defesa e a guerra na Ucrânia deverão ser os temas centrais do Conselho Europeu que arrancou esta quinta-feira. Os líderes da União Europeia (UE) estão reunidos em Bruxelas, até sexta-feira. O conflito no Médio Oriente deve ser outro dos temas de destaque do encontro.
António Guterres está convidado para um almoço de trabalho, para trocar pontos de vista com os dirigentes da UE.