O Kremlin diz que a Rússia e os Estados Unidos já têm entendimento comum sobre a necessidade de acordo para pôr fim à guerra na Ucrânia. No entanto, Moscovo realça que há ainda muitos aspetos que têm de ser resolvidos. São questões que estarão certamente a ser discutidas hoje nas conversações entre os Estados Unidos e a Rússia no hotel Ritz-Carlton, em Riade, na Arábia Saudita.
O coronel Mendes Dias sublinha que "sabemos pouco sobre o que se passa, sabemos que a Ucrânia apresentou uma lista de infraestruturas energéticas para o outro lado não bombardear".
"O que sabe é que não se está a tratar, do ponto de vista da linguagem mais técnica, de cessar-fogo parcial - não há cessar-fogos parciais. O que se está a tentar é mexer naquilo que se chamam regras de empenhamento - medidas de controlo do uso da força militar, quer nos planos políticos, quer militar: 'Não se pode bombardear aquilo, não se pode bombardear o Mar Negro, não se pode bombardear aquela infraestrutura energética, etc.'. No fundo, está-se a congeminar sobre estas regras, que existem há muito tempo, de variadas formas".
Estão a ser negociadas as condições para se iniciar o processo da verdadeira negociação.
"Está a tentar meter-se mais regras no fenómeno da guerra. É isso que se está a fazer. Não há cessar-fogo parcial, nem cessar-fogo permanente, nem outras coisas do género. Ou há cessar-fogo ou não há".
Este é um dos temas em análise no habitual explicador do Jornal do Dia, às 13:45, com o coronel Carlos Mendes Dias.