A China diz estar pronta para desempenhar um "papel construtivo" nas negociações de paz na Ucrânia. A garantia é do ministro dos Negócios Estrangeiros da China, que está numa visita oficial de três dias à Rússia. Na mesma declaração, antes de um encontro com o chefe da diplomacia russa, o ministro lembrou que as negociações devem ter em conta as intenções de ambas as partes e que devem ser preservados os direitos de Moscovo. O coronel Carlos Mendes Dias explica o posicionamento da China nesta negociação e faz um ponto de situação da guerra no terreno.
"Esta lógica como podemos ler a China é uma leitura já antiga, tem algum tempo, tem o tempo da guerra também, e que se traduz se um lado tem aliados e o outro lado também tem.
Independentemente das palavras encontradas, o diálogo construtivo, etc, todos nós pelo menos temos a sensibilidade e a sensação que a China sempre se posicionou, quer nos apoios, quer no início, quando tivemos quatro ou cinco aviões de carga Antonov-russos a irem à China e a regressarem, etc., o que é que lá terão ido fazer, obviamente buscar carga, material, etc, E, portanto, este posicionamento, é normal", refere o comentador da SIC.
Questionado sobre se o silêncio da China nos últimos tempos poder ser considerado estratégico, Carlos Mendes Dias considera que é importante "o aspeto cultural, a forma de fazer relações internacionais que têm os diferentes países".
"Culturalmente, a forma de fazer política e traduzir essa política no espaço, por parte da China, é muito diferente dos países do Ocidente", acrescenta o comentador da SIC.
Este é um dos temas em análise no habitual explicador do Jornal do Dia, por volta das 13:45, com o coronel Carlos Mendes Dias.