O Presidente da Ucrânia anunciou na rede social X que as forças ucranianas capturaram dois cidadãos chineses que estavam a combater pela Rússia na região ucraniana de Donetsk. É a primeira vez que cidadãos chineses são capturados neste conflito. No explicador da SIC Notícias, Carlos Mendes Dias dá conta do significado desta captura.
"A ideia que se pretendeu passar, pode ser verdade ou não, é que de facto a China estará a ajudar a Federação Russa com militares no terreno e as consequências que isto terá numa situação em que de facto os Estados Unidos, como mediador, iriam também ser chamados à colação, atenção, que aqueles maus daquele lado estão-se a unir, atenção ao teu papel. Não acredito que isto cola sim, se não for verdade, porque nenhuma das pessoas é inocente e são todas competentes no seu trabalho".
O comentador da SIC lembra que a Federação Russa tem cerca de 160 grupos étnicos. "O que está aqui em causa é nós colarmos logo a ideia, a China estará a participar ou não? E há depois, porque pode acontecer de facto, serem mercenários", realça.
"E isso, ser mercenário, não é fácil. A própria Ucrânia, em março de 2024, tinha 3.500 mercenários a combater pelas forças ucranianas, incluindo portugueses.
A China está a fornecer pessoas para a Federação Russa. Não é isto que se passa, pode-se passar. Nós não temos a certeza que é isto e há a reação chinesa a dizer, cidadãos chineses, mas isto é o que é, estejam longe do conflito. O que é que significava. Porque é a última condição. Eu vou-lhe chamar em missão oficial pelas forças armadas chinesas ou pela China. E o Sr. Presidente Zelensky também não noticia quando as forças têm sido capturadas unidades a combater pela ucraniana, em que só se fala inglês", explica o coronel Carlos Mendes Dias.
Assim começa a análise com o coronel Carlos Mendes Dias no habitual explicador do Jornal do Dia, com início às 13:45.