Foi uma noite de trabalho intenso para os bombeiros de Odessa. Ao longo da noite, os drones sobrevoaram a cidade portuária no sul da Ucrânia e atingiram zonas residenciais. Centenas de moradores foram retirados de casa. Quem escapou dos prédios em chamas, saiu com pouco mais do que a roupa do corpo.
O ataque acontece horas depois de Vladimir Putin ter voltado a negar, perante os jornalistas internacionais, que as forças russas atingem alvos civis e ter dito também que está pronto para um encontro com Volodymyr Zelensky.
O presidente ucraniano diz que a Rússia não está interessada num cessar-fogo, mas apenas em matar e destruir. É isso, diz Zelensky, que liga Moscovo a regimes como o norte-coreano ou do Irão.
“Agora, a Rússia está a tentar salvar o programa nuclear iraniano. Não pode haver outra explicação possível para a sua postura pública e atividade não pública sobre este assunto. Quando um dos seus cúmplices perde a capacidade de exportar armas, a Rússia fica enfraquecida e tenta interferir. Isto é muito cínico e prova, repetidamente, que não se pode permitir que regimes agressivos se unam e se tornem parceiros”, diz Zelensky.
Zelensky insiste que o apoio russo ao Irão deve levar a comunidade internacional a exercer mais pressão sobre Moscovo. Foi um dos pedidos que dirigiu à presidente do banco central europeu, com quem discutiu também o uso de ativos russos congelados para suportar as principais carências da Ucrânia.