Guerra Rússia-Ucrânia

UNICEF estima que tenham morrido pelo menos 17 mil crianças desde o início da ofensiva em Gaza

Quase dois anos depois do início da ofensiva israelita, parece óbvio, pelo menos em Gaza, que as bombas e os ataques de artilharia não distinguem entre combatentes e civis, entre novos e velhos, entre muçulmanos e cristãos.     

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A UNICEF estima que, desde o início da ofensiva israelita em Gaza, tenham morrido pelo menos 17.000 crianças. As agências das Nações Unidas e as organizações humanitárias temem que muitas mais possam morrer por causa da fome que se alastra no território. 

No dia 10 de julho, um ataque das forças israelitas na Faixa de Gaza atingiu um pequeno grupo de pessoas que estava à porta de um centro de saúde, numa fila, à espera de recolher alimentos. 

Seis adultos e 10 crianças morreram e o ataque acabaria por ficar registado num vídeo de telemóvel. 

Omar, de oito anos e Amir, de 5 cinco, os filhos mais velhos de Iman Al-Nouri, foram duas das vítimas mortais.  

O filho mais novo, Siraj, de dois anos e meio, sobreviveu, mas ficou gravemente ferido nos olhos e continua internado num hospital que não está equipado para o tratar. 

Telavive disse que a operação visava um militante do Hamas que participara no ataque de 7 de Outubro no Sul de Israel e cuja morte não confirmou.  

Em relação às vítimas civis, as forças israelitas repetiram o que têm dito nos últimos 21 meses, ou seja, que o ataque está a ser revisto. 

UNICEF repudia ações israelitas

Para a UNICEF, mesmo que houvesse uma explicação para o que tem acontecido diariamente em Gaza nos últimos meses, esta não seria plausível.   

Quase dois anos depois do início da ofensiva israelita, parece óbvio, pelo menos em Gaza, que as bombas e os ataques de artilharia não distinguem entre combatentes e civis, entre novos e velhos, entre muçulmanos e cristãos.     

Uma antiga professora de música de 84 anos foi uma das três vítimas mortais do ataque que atingiu a única igreja católica de Gaza.    

Esta sexta-feira, o primeiro-ministro israelita disse lamentar o incidente que além de mortes provocou ferimentos no padre com quem, nos últimos meses de vida, o Papa Francisco falou todos os dias ao telefone.