Guerra Rússia-Ucrânia

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"Recente ofensiva russa não trouxe novidades táticas, mas surpreendeu pela dimensão"

Na antena da SIC Notícias, o coronel Carlos Mendes Dias analisa a situação da guerra na Ucrânia, que não dá sinais de abrandar e a paz continua distante, apesar de ambos os lados afirmarem querê-la.

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Este fim de semana, a Rússia lançou o maior ataque à capital da Ucrânia desde o início da guerra. Moscovo utilizou mais de 800 drones e mísseis perante estes violentos ataques aéreos. O coronel Mendes Dias considera que a mais recente ofensiva russa não trouxe novidades táticas, mas surpreendeu pela dimensão.

A Rússia lançou 818 ataques contra a Ucrânia, concentrados sobretudo no centro e leste do país. Segundo dados ucranianos, foram intercetados 92% dos drones, mas apenas 33% dos mísseis. Moscovo terá escolhido infraestruturas críticas para atingir.

“Na zona de Kiev, bombardeia a empresa Kiev-67, ligada à produção dos Antonov, e também uma grande empresa logística ligada ao transporte ferroviário entre a Polónia e a Ucrânia. Bombardeou praticamente todas as bases aéreas e aeródromos ucranianos, e pela primeira vez uma central termoelétrica”.

Também as pontes sobre o rio Dnipro foram atingidas, comprometendo o abastecimento de combustível às forças ucranianas. Apesar da intensidade dos combates, o coronel Mendes Dias considera que não se pode concluir que a Rússia rejeita a paz.

“Ambos querem a paz. Só que querem a paz diferente um do outro. E neste caso, com razão para a Ucrânia, porque é a Federação Russa que entra na Ucrânia”.

Este é um dos temas analisados pelo coronel Carlos Mendes Dias esta segunda-feira na antena da SIC Notícias.