Incêndios em Portugal

Já arderam mais de 7.000 hectares este ano

Autoridades registaram quase 2.000 fogos florestais desde 1 de janeiro, num aumento de 12% em comparação à média da última década. Maior parte teve origem em queimadas.

Já arderam mais de 7.000 hectares este ano
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Portugal já registou mais de 7.000 hectares de área ardida devido aos incêndios florestais em 2023, segundo os dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), divulgados esta quinta-feira.

Os dados do ICNF são contabilizados desde 1 de janeiro até à passada terça-feira, 11 de abril, e indicam que, de um total de 1.971 incêndios rurais resultaram 7.366 ha de área ardida, entre povoamentos (1.826 ha), matos (5.454 ha) e agricultura (86 ha).

Comparando valores deste ano com os dos últimos dez anos, o ICNF assinala que foram anotados mais de 12% de incêndios rurais e mais de 48% de área ardida em relação à média anual do período.

"O ano de 2023 apresenta, até ao dia 11 de abril, o 5.º valor mais elevado em número de incêndios e o 5.º valor mais elevado de área ardida, desde 2013", lê-se no relatório.

Fevereiro é o mês com mais fogos e área ardida

Até ao momento, fevereiro é o mês que apresenta o maior número de incêndios rurais, com um total de 1.025 de fogos, correspondendo a 52% do número total registado no ano. Fevereiro é também o mês que tem a maior área ardida, com um total de 5.200 ha queimados, o que equivale a 71% do total de área ardida em 2023.

De acordo com o ICNF, as causas de incêndios mais frequentes em 2023 são queimadas para gestão de pasto para gado (30%) e queimadas de sobrantes florestais ou agrícolas (28%)

"Conjuntamente, as várias tipologias de queimas e queimadas representam 79% do total das causas apuradas. Os reacendimentos representam 3% do total das causas apuradas", sublinha.

Analisando por distrito, o ICNF destacou Porto (319), Braga (314) e Viana do Castelo como os com maior número de incêndios, indicando que “são maioritariamente de reduzida dimensão”.