O incêndio que lavra desde sábado foi dado como dominado e entrou em fase de resolução esta quarta-feira pelas 10:15. Apesar de a situação estar mais calma, o vento é ainda uma ameaça.
Esta manhã, no briefing sobre a situação do incêndio em Odemira, o comandante Regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve, Vítor Vaz Pinto, explicou que existem alguns pontos que merecem particular "atenção e preocupação".
Vítor Vaz Pinto sublinhou que “é normal que existam reacendimentos ao longo do dia” e não descartou “a preocupação com o vento”, que pode afetar a frente Sul do incêndio.
Durante o briefing, o comandante corrigiu a área afetada que se estima agora que sejam 8.400 hectares e não dez mil como havia sido referido anteriormente. O perímetro de área ardida “estende-se por 50 quilómetros”, revelou.
Porque a situação está controlada mas ainda não resolvida, há ainda muitos meios envolvidos, designadamente “1.051 operacionais, 320 veículos, 11 máquinas de rastro e 15 meios aéreos”.
“Este dispositivo irá manter-se nas próximas horas e em função da evolução do incêndio poderão ser desmobilizados caso não se verifique a sua necessidade”, explicou o comandante, acrescentando que existem ainda duas vias cortadas: “a estrada municipal 501 e o caminho municipal 1186”.
No total deste incêndio foram assistidos 43 populares e nove tiveram de ser transportados para unidades hospitalares, sem registo de situações graves.
Foram ainda "deslocados ao longo destes dias para zonas seguras 1.459 pessoas e 24 animais".
Apesar de não terem sido necessárias, foram criadas cinco zonas de concentração e apoio à população.
Em relação às habitações afetadas, o levantamento ainda está a ser feito.