Em Odemira, ainda está a ser feito o levantamento dos prejuízos. O Governo diz que está a fazer a contabilização, para depois determinar o apoio a dar nas zonas afetadas.
O Governo já anunciou esta sexta-feira que vai disponibilizar um apoio financeiro aos agricultores que ficaram sem alimentação para os animais devido ao incêndio que atingiu os concelhos de Odemira (distrito de Beja), Aljezur e Monchique (distrito de Faro).
Outro será dado mais tarde, depois da contabilização dos danos, conforme explicou António Costa.
“A tragédia que mais uma vez se abateu e desta vez na zona de Odemira e nos concelhos limítrofes atingiu quer agricultores, quer operadores turísticos quer particulares e, portanto, neste momento, o que estamos a fazer é o que fazemos sempre: a avaliação das dos danos. E em função da avaliação dos danos há aplicação das medidas de apoio”, explicou.
Considerando que as chamas deixaram um "cenário devastador", Maria do Céu Antunes referiu, ao início da tarde desta sexta-feira, que "o maior problema" para os agricultores afetados é a falta de alimentos para os animais, pois "os pastos e as forragens arderam" no incêndio.
"Vamos dar um valor por animal", que foi calculado "tendo em atenção o que animal come e acrescentámos, em relação a valores atribuídos anteriormente, o fator inflação", disse, adiantando que, no caso dos bovinos, a ajuda "pode ir aos 38 euros" e, para os ovinos, chegará "aos 25 ou 28 euros".
Segundo a responsável pela tutela da agricultura, o incêndio de Odemira provocou prejuízos a 10 criadores de gado, que têm um efetivo total de 300 vacas e 40 ovelhas.
Para António Costa, primeiro-ministro, existe muitos fatores a considerar a respeito dos apoios.
“Na agricultura, os apoios são regulados a nível europeu, porque estamos sujeitos às regras da Política Agrícola Comum. Portanto, aguardamos. Neste momento felizmente o incêndio foi dominado, rescaldo está concluído e estamos na fase de levantamento dos dos danos. Perante isso, o Governo tomará as decisões que costuma tomar”, concluiu o chefe do Executivo.
As chamas em Odemira
O incêndio, que teve início no sábado e foi dado como dominado às 10:15 de quarta-feira, mantinha-se hoje de manhã em fase de rescaldo devido a "alguns pontos quentes", que "ainda oferecem preocupação", segundo fonte da Proteção Civil.
De acordo com a página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 15:00, o fogo mobilizava 721 operacionais, apoiados por 242 veículos e três meios aéreos.
O incêndio rural numa área de mato e pinhal deflagrou na zona de Baiona, na freguesia de São Teotónio, concelho de Odemira, a meio da tarde de sábado e entrou nos concelhos algarvios de Monchique e Aljezur.
A área ardida ascende a cerca de 8.400 hectares, num perímetro de 50 quilómetros.