A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil simulou este sábado a resposta a um grande incêndio, em condições muito adversas, entre os distritos de Coimbra e Viseu. O ponto de partida é um grande incêndio que leva 2 dias e queimou 4300 hectares. Temperatura acima dos 30 graus, humidade abaixo de 30%, vento acima dos 30km/h, três condições que dificultam o combate e expoem as falhas.
Três postos de controlo, oito salas de operações e 300 pessoas envolvidas no exercício para que o teste abranja todas as entidades.
Na aldeia de Ortigueira, em Seia, a população foi chamada a simular o que tem de fazer se o incêndio lhes chegar à porta. O abrigo é a igreja da aldeia, o ponto escolhido para a população de concentrar em caso de emergência.
“Não há conflito, estamos do mesmo lado”
A época crítica de incêndios começou este sábado, com os bombeiros voluntários a exigirem ao presidente da proteção civil um pedido de desculpas por ter dito, numa entrevista, que os voluntários não estão organizados para que haja um comando de bombeiros.
“Não há conflito. Estamos do mesmo lado da barricada”, garantiu o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Duarte da Costa, afirmando que “um diálogo” poderá resolver qualquer problema.
Há, neste momento 70 meios áereos operacionais, mais do que no ano passado por esta altura, mas menos que era suposto. Faltam, por exemplo, dois meios pesados.
2023 foi um dos melhores de sempre em termos de combate a incêndios: sem vítimas, com menos fogos e muito menor área ardida.