Incêndios em Portugal

Incêndios já fizeram mais de uma centena de feridos e há dez em estado grave

O comandante nacional da Proteção Civil alerta que as próximas 24 horas vão ser muito difíceis e que o risco de incêndio não deve reduzir nos próximos dois dias.

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O comandante nacional da Proteção Civil afirma que os incêndios que estão a atingir o Centro e o Norte do país causaram cinco mortos e 118 feridos, dez deles em estado grave.

Num ponto de situação feito esta tarde, pelas 13h00, a partir da sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes afirmou que, das sete mortes registadas desde o início do período de incêndios, só cinco foram relacionadas diretamente com os fogos (não sendo contabilizados os dois civis que morreram de doença súbita). Há também a registar 118 pessoas com ferimentos, entre as quais dez que se encontram em estado grave.

"Em termos de vítimas, no acumulado de 16 a 18 de setembro temos um total registado e validado de 123 vítimas, das quais cinco mortais, 10 feridos graves, 49 feridos ligeiros e 59 vítimas assistidas no teatro de operações que não tiveram necessidade de serem transportadas a unidades hospitalares", afirmou.

“Próximas 24 horas vão ser muito difíceis”

André Fernandes sublinhou que a “tolerância zero” ao uso do fogo se mantém, apesar da descida das temperaturas começar a ser sentida esta quarta-feira.

“A situação meteorológica mantém-se desfavorável”, frisou o comandante nacional.

“O risco de incendio florestal não deve reduzir significativamente nas próximas 48 horas”, declarou, lembrando que o perigo continua a ser “extremo”.

André Fernandes sublinhou mesmo que “as próximas 24 horas vão ser muito complexas, muito difíceis”.

Há, nesta altura, 23 situações muito graves, a nível de incêndios, em todo o país. Os casos mais preocupantes continuam a concentrar-se na zona de Aveiro.

Esta quarta-feira, há, novamente, várias estradas cortadas, por causa dos fogos, que obrigaram também a cortes na circulação ferroviária - com a Linha do Douro interrompida entre Marco de Canaveses e Régua.

Os incêndios que estão a atingir Portugal desde o último fim de semana já obrigaram a acionar dois planos distritais de emergência, em Aveiro e no Porto, e onze planos municipais. Todos os municípios atingidos pelos fogos estão em estado de calamidade e o país mantém-se em estado de alerta.