A área ardida desde domingo já ultrapassa os 106 mil hectares e há sete vítimas mortais e dezenas de feridos. A geógrafa Maria José Roxo refere as duas grandes questões que considera terem levado a esta situação.
"Nós estamos perante uma mudança climática que importa que toda a população tenha noção, que isso está a acontecer e, portanto, vai ter que ter uma maneira diferente de lidar com recursos naturais Como é a floresta ou como é água ou como são os solos, porque isso é importante para a para o futuro".
A segunda questão que leva ao que está a acontecer no país "resulta duma política falhada do ponto de vista do ordenamento e gestão do território que esvaziou os territórios de pessoas, que as concentrou em áreas de elevado risco".
Há um abandono da floresta, não há gestão florestal eficaz, o Estado é negligente no que diz respeito à floresta, salienta a geógrafa.
"Este cocktail de situação climática e do uso e má gestão e de falta de ordenamento e de estratégia que este país teve durante décadas tem que acabar".