O processo é mais simples para os prejuízos mais baixos. Dos agricultores que sofreram perdas até 6 mil euros, mais de 300 já apresentaram os pedidos simplificados à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte.
O número está em atualização permanente, mas já foram declarados pelo menos 1.2 milhão de euros de estragos em consequência dos incêndios de setembro. Desse montante total, a CCDR do Norte validou até agora quase 900 mil euros para pagamento aos agricultores afetados.
As primeiras verbas foram entregues há 10 dias pelo primeiro-ministro, com o Governo a querer mostrar que nem um mês depois da tragédia dos incêndios já estava a começar a pagar os prejuízos.
Mais demorado será o processo para quem tem perdas acima dos 6 mil euros. Neste caso, os agricultores têm que apresentar uma declaração de prejuízos em que se candidatam a verbas do programa de desenvolvimento rural.
“Devemos apoiar a 100%”
De visita às zonas afetadas, o PCP defende que esse apoio cobrir os prejuízos na íntegra.
"Devemos ter uma perspetiva de apoiar a 100% as pessoas, as associações e as comunidades afetadas. Devemos fazer tudo para que possam recuperar o que perderam para conseguirem seguir em frente", diz António Filipe, deputado do PCP.
Os apoios previstos só garantem a cobertura a 100% até aos 10 mil euros, baixando depois para 85%. A partir 50 mil euros de prejuízos, o apoio concedido cobre apenas metade dos estragos causados pelo fogo.