Incêndios em Portugal

Faltam helicópteros de combate a incêndios em regiões críticas

No Alto Minho, há um helicóptero que está parado há meses e que podia ter feito a diferença no incêndio de Ponte da Barca. Outro caso é a falta de um helicóptero em Santa Comba Dão, que já obrigou à chamada de meios de outras regiões para combater as chamas no distrito de Viseu.

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O país começa a lidar com os primeiros grandes incêndios do ano e agora é ainda mais notada a falta de meios de combate, sobretudo os que estavam previstos no papel mas faltam no terreno. É o caso do helicóptero que devia estar em Santa Comba Dão, mas foi deslocado para Portalegre.

O comandante Filipe Lopes, dos bombeiros de Carregal do Sal, explica que o helicóptero de Viseu também não estava disponível e foi necessário chamar um meio aéreo de Águeda.

Outro helicóptero em falta é precisamente no Alto Minho. Em Arcos de Valdevez, deviam estar disponíveis dois helicópteros ligeiros para primeira intervenção, mas está apenas um.

Neste grande incêndio, ainda ativo em Ponta da Barca, podia ter feito a diferença nas primeiras horas de intervenção, numa fase em que a mobilização dos primeiros meios faz toda a diferença em qualquer teatro de operações.

Calor não dá trégua nos próximos dias

Para os próximos dias há previsão de temperaturas elevadas e vento. Dias complicados para o dispositivo da Proteção Civil.

A região mais penalizada é a do Alentejo, onde faltam neste momento cinco helicópteros. O concurso público ficou vazio, sem propostas. A Força Aérea voltou a ir ao mercado e conseguiu contratar apenas mais dois.

Nos próximos dias, o país deverá ter disponíveis 72 meios aéreos em todo o país, o maior dispositivo de sempre.