Incêndios em Portugal

"Passei duas noites sem dormir": moradores atentos a reacendimentos em Arouca e Cinfães

Moradores das zonas afetadas pelo fogo em Arouca e Cinfães passaram o dia em sobressalto com os reacendimentos. O incêndio começou a dar tréguas ao quarto dia, com apenas uma frente ativa.

Arouca
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Começou em Arouca, avançou para Castelo de Paiva e Cinfães e reduziu a paisagem a cinzas. Esta quinta-feira, ao quarto dia de combate às chamas, a população continuava mobilizada para salvar casas e bens.

Exaustos das noites em claro, os moradores não tiravam os olhos da paisagem. Sabiam que o vento e o calor eram alimento para os já esperados reacendimentos. "Foram duas noites sem dormir", conta um local.

Fernanda Pereira, por exemplo, veio de Gondomar para proteger a casa da mãe, que tem problemas de saúde e mora sozinha numa zona isolada de Cinfães.

Em Vila Viçosa, no concelho de Arouca, os moradores também enfrentaram reacendimentos, muitos já com prejuízos causados pelo fogo.

António conseguiu salvar a própria casa e tentou proteger a de uma vizinha. Salvou-se o recheio, as chamas chegaram só à marquise e aos anexos.

Fogo destruiu sucata em Castelo de Paiva

O fogo deixou marcas mais pesadas numa sucata em Seixo, Castelo de Paiva e nos passadiços do Paiva, que pela quarta vez desde que foi inaugurado, em 2015, teve uma extensão de centenas de metros destruída pelas chamas.

A Câmara de Arouca garantiu esta quinta-feira que vai estudar medidas para proteger a estrutura, que tinha sido reaberta ao público em abril, depois terem sido reparados os danos do último incêndio.

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