Em declarações esta manhã na SIC Notícias, Rui Rocha, secretário de Estado da Proteção Civil, alertou para a situação de risco que se vive em Portugal e apelou à responsabilidade de todos, autarcas incluídos.
Perante a confirmação de que Montalegre, Mirandela e Guimarães anteciparam o fogo de artifício para que o pudessem realizar antes de o país entrar em situação de alerta, Rui Rocha revela que “ainda não falou” com as autarquias envolvidas, mas que “terá oportunidade de dar essa nota de preocupação e de mantermos todos a responsabilidade”.
Questionado na SIC Notícias sobre se este tipo de medidas não deveria ter efeito imediato, o secretário de Estado da Proteção Civil justificou que a "antecipação prende-se com a preparação" para que "algumas situações, sobretudo do ponto de vista de trabalhos agrícolas, possam ser acautelados".
E acrescenta que a antecipação é feita com "intenção positiva", mas que "não era expectável" que essa fosse "aproveitada desta forma para antecipar um conjunto de coisas que passado meia hora estariam proibidas".
Nesse sentido, sublinha que "aquilo que importa salientar é a responsabilidade de todos" e, no caso dos autarcas, tem de ser exercida "de forma preventiva" e não apenas quando há um incêndio.
Rui Rocha avança ainda dados do Governo que apontam para "60% das ocorrências" terem início durante a noite, ou seja, "entre as 20h00 e as 8h00".
"São situações que nos preocupam, porque são estranhas. Não é habitual que tantas ocorrências tenham início nesse período", frisa o secretário de Estado.
O país entrava em situação de alerta devido ao agravamento dos incêndios rurais às 00h00 de domingo. Entre as proibições impostas para reduzir risco de incêndio é de utilização de fogo de artifício ou qualquer outro material pirotécnico.