Os habitantes da zona da Serra do Alvão andam há uma semana em sobressalto. O fogo desaparecia para a voltar a aparecer, perante um cenário desolador. Agora, a população afetada começa a fazer a conta aos estragos.
Há mais de uma semana que o fogo no Alvão anda a trocar as voltas aos de lá. Anda às voltas pela serra, às vezes fraco, outras vezes forte.
Na aldeia de Relva, a 12 quilómetros de Vila Real, arderam duas casas devolutas ao lado do lar de Manuela. Emigrante na Suíça, não eram estas férias com que contava.
"Como podem imaginar... ver o fogo lá na floresta e passados 10 minutos estar aqui. Não [imaginava que chegasse às casas] porque passaram muitos bombeiros de manhã e andaram toda a manhã helicópteros e aviões e não protegeram nada, simplesmente nada. Nós tivemos de sair, os bombeiros começaram a dizer para a gente sair", relata.
A pouca distância, na aldeia de Muas, onde Eduardo cresceu e há 15 anos fez negócio, o alojamento que oferecia um verde sem fim, só tem agora negro para a troca. Quando o fogo surgiu, o local estava cheio de turistas, que, conta, ficaram sem saber o que fazer.
O fogo que abanou o negócio de Eduardo anda no Alvão e fez este sábado uma semana.