A Polícia Judiciária (PJ) anunciou este domingo a detenção do presumível autor de dois incêndios florestais que ocorreram no sábado no concelho de Seia, distrito da Guarda.
Segundo a PJ, o suspeito foi detido no sábado, fora de flagrante delito, em colaboração com a GNR de Seia.
Já no sábado a GNR tinha anunciado ter retido o suspeito no Posto Territorial da GNR de Seia, mas a detenção seria da competência da PJ por se poder tratar de crime doloso de incêndio florestal.
"Os incêndios terão sido ateados com recurso a chama direta, em contexto de uma alegada contenda entre o suspeito e um vizinho, um perto de uma casa de habitação e o outro em formações vegetais espontâneas, em local favorável à sua propagação", lê-se na nota da PJ.
O alerta foi dado pelo vizinho através do número de emergência 112 e a GNR de Seia deslocou para o local patrulhas com militares do posto que efetuaram o levantamento inicial do evento, identificando testemunhas que apontaram o homem como o presumível autor, explica a PJ.
Os militares da GNR encontraram o homem de 49 anos "com queimaduras e ferimentos ligeiros" e após a sua identificação foi conduzido para o Posto Territorial da GNR em Seia.
O inquérito está a cargo do Ministério Público da Guarda e o detido vai ser sujeito a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.
O incêndio de sábado em Sandomil, concelho de Seia, começou de manhã e só foi dominado já na madrugada de domingo, disse à Lusa fonte da proteção civil.
Um porta-voz do comando sub-regional das Beiras e Serra da Estrela da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) confirmou que o fogo foi declarado como dominado por volta das 05:00.
A mesma fonte sublinhou que o incêndio foi dominado "graças ao trabalho dos bombeiros, dos operacionais no terreno", mas admitiu que a chegada da chuva ajudou no combate às chamas.
O presidente da Câmara Municipal de Seia, Luciano Ribeiro, referiu que o incêndio percorreu várias localidades e zonas industriais e destruiu "uma casa devoluta, que já não estava em condições de habitabilidade", e alguns anexos agrícolas.
Com Lusa