No segundo dia da cimeira em Paris, líderes mundiais e especialistas discutem o futuro da inteligência artificial (IA). O jornalista Lourenço Medeiros destaca a crescente bipolarização entre os Estados Unidos e a China e o esforço de Emmanuel Macron para criar uma estratégia global para a aplicação e regulação da IA.
"Neste mundo de permanentes de surpresas (...) estamos a entrar numa completa bipolarização nesta área (...), obviamente, entre os Estados Unidos e a China, que por razões políticas, culturais, económicas, tendem a ter inteligências artificiais, completamente diferentes, quase com raciocínios diferentes. Os Estados Unidos têm uma visão do que deve ser, a China tem, obviamente, uma visão completamente diferente".
Macron está a tentar criar um terceiro bloco que possa equilibrar a influência dos EUA e da China. A Europa, com iniciativas como o Mistral, procura um papel mais ativo na IA, apesar do domínio atual dos sistemas americanos.
A regulação da IA é um dos principais desafios discutidos na cimeira. Lourenço Medeiros aponta que, enquanto os EUA e a China avançam com suas próprias agendas, a Europa enfrenta dificuldades em estabelecer um sistema regulatório eficaz.