Jornada Mundial da Juventude

Entrevista SIC Notícias

Palco da JMJ: "Há quatro anos que se sabe qual a dimensão do evento"

A jornalista Aura Miguel, da Rádio Renascença, sublinha que um evento como a JMJ traz grande retorno económico para a cidade anfitriã.

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O custo da construção do palco que vai receber o Papa Francisco, durante as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), tem gerado polémica. Aura Miguel, jornalista da Rádio Renascença, já acompanhou várias edições das JMJ e considera que o tamanho do palco “é normal, tendo em conta a escala de multidão que se espera”.

“Percebo que as pessoas fiquem em choque com a dimensão dos preços”, afirma a jornalista, ressalvando que “há quatro anos que se sabe qual a dimensão deste evento”.

Para Aura Miguel, a construção de um “projeto desta envergadura” já vem “atrasado por descuido”. Lembra que, para uma grande obra como esta, o pedido de orçamento antecipado poderia ter sido benéfico. “Se calhar não seria um preço tão elevado”, afirma.

Quando Lisboa apresentou a candidatura para receber as JMJ, a comitiva já saberia que seria necessário um investimento desta natureza. “Não creio que só a seis meses de distância da JMJ é que se tenha percebido que implicava tantos gastos”, afirma a jornalista.

“Há sempre uma reação da opinião pública com estas grandes estruturas que se constroem. Mas depois tem retorno, faz bem à atividade económica da cidade que acolhe esta gente toda. Envolve muitos gastos de quem vem, uma grande dimensão comercial.”