O plano está praticamente fechado e foi apresentado esta quinta-feira. A realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa, entre os dias 1 e 6 de agosto, pode levar ao destacamento de até 25 mil bombeiros e dois mil outros agentes de emergência e Proteção Civil.
Estes operacionais vão manter uma presença discreta no recinto para evitar alarmismos.
“Só atuarão naquela que será a necessidade para cada uma das áreas de esforço e stress que houver. O que temos preparado para o início é um dispositivo discreto”, afirmou aos jornalistas o general Duarte Costa.
O presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil sublinhou que esta discrição serve “para não causar pânico, nem dar uma demonstração de que os meios estão presentes e, por isso, vai haver um problema”. Até agora, estão inscritos mais de 600 mil peregrinos que se vão encontrar com o Papa Francisco.
Outra questão abordada foi o facto de o evento religioso acontecer no pico do verão, numa altura em que o risco de incêndio se espera elevado. O responsável assegurou que o dispositivo de combate a incêndios não vai ser prejudicado.
Neste momento, foi autorizada uma verba de meio milhão de euros para a Proteção Civil, mas se vierem a ser necessários mais meios, humanos e materiais, estão dadas as autorizações para reforçar esse fundo.
“Vamos estar preparados com os vários níveis e, se for necessário, usar todo o dispositivo nacional de Proteção Civil. Posso-vos garantir que o governo já me deu todas as medidas capazes, quer de financiamento, quer de forças, para utilizar tudo aquilo que for necessário para termos uma JMJ em segurança”, afirmou o general Duarte Costa.
A dois meses da realização da JMJ, fazem-se também balanços ao seu financiamento.
Até ao final de maio, várias entidades celebraram 44 contratos para o evento religioso, com a Câmara de Lisboa a liderar esta lista.
O Governo e as autarquias de Lisboa e Loures gastaram até agora 31 milhões de euros na organização da JMJ, o que representa 41% do total inicialmente previsto.