Jornada Mundial da Juventude

PSP acusa MAI de "não ver os problemas" e mantém greve na semana da JMJ

O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, Paulo Santos, acusa o Ministro da Administração Interna de querer resolver a situação com remendos

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A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia diz que o ministro da Administração Interna "parece não ver" os problemas do setor e por isso garante que vai manter as ações de luta marcadas para a semana da Jornada Mundial da Juventude. Paulo Santos acusa o Ministro da Administração Interna de querer resolver a situação com remendos.

“O Senhor Ministro da Administração Interna continua numa perspetiva de querer resolver os problemas da PSP e da segurança interna do ponto de vista do assistencialismo, de alguns apoios. Não pode ser este o caminho, porque não vai responder aos problemas de base que são estruturais que estão a levar os profissionais da própria Polícia de Segurança Pública a querer sair da instituição”.

Paulo Santos sublinha “um conjunto de situações muito difíceis”: falta de efetivos, aumento de valências, de missões, de solicitações diárias, recurso a serviço remunerado, horas extraordinárias, "um efetivo que é escasso, que está cansado, que está fustigado do serviço”.

“É tempo de direcionar a ação política de forma a resolver os problemas de raiz e não [recorrer] a outros métodos de outros modelos que passam muito pelo assistencialismo que não vão responder àquilo que é necessário”.

Na reunião de ontem, o ministro José Luís Carneiro propôs um aumento salarial gradual de 20 por cento até 2026.