O Papa Francisco volta a encontrar-se com os jovens esta sexta-feira. O dia começa com a confissão de alguns peregrinos na Cidade da Alegria, em Belém. De seguida, o líder da Igreja Católica encontra-se com representantes de alguns centros de assistência socio-caritativa, no Centro Paroquial de Serafina. O Papa almoça depois com jovens na Nunciatura Apostólica, onde está hospedado. Ao final do dia, regressa ao Parque Eduardo sétimo, na qualidade de peregrino, para acompanhar a Via-Sacra. Filipe d'Avillez, jornalista especialista em assuntos religiosos, dá conta das expetativas para esta sexta-feira, a começar pela importância da visita ao Bairro da Serafina, que “bem merece esta visita”.
Filipe d'Avillez sublinha a importância do papel desempenhado pelo padre Francisco Crespo, com um longo trabalho social desempenhado no Bairro da Serafina há mais de 40 anos.
"É um homem adorado naquela terra e as pessoas diziam mesmo, se não fosse ele, nós não tínhamos nada daquilo que temos. Tudo aquilo que ele conseguiu foi com grande esforço, quase sem apoios, com alguns apoios de benfeitores", realça o jornalista, que esteve recentemente no local.
"Tem uma história engraçada que eu acho que vale a pena ser conhecida, embora ele não também não queira que este encontro seja sobre ele, mas sim sobre o bairro", refere Filipe d'Avillez, descrevendo o percurso do padre Francisco Crespo na Serafina.
O jornalista dá também conta do testemunho de um morador, que ouviu recentemente: "Nasci na barraca, não havia ruas, era só lama. Para mim esta visita é o Papa a dizer-me: valeu a pena nascer aqui".
Por tudo isto, o jornalista realça que o Bairro da Serafina “bem merece esta visita”.
Outro momento muito importante na Jornada Mundial da Juventude e, que tem lugar esta sexta-feira, é a Via-Sacra.
"É uma devoção muito pesada, de sofrimento, não é de exaltação do sofrimento, mas de um sublinhar daquilo que Jesus sofreu e acompanha a todo esse sofrimento até a crucificação de Jesus e a sua sepultura. Agora, a Via-Sacra na Igreja católica não faz sentido sem o horizonte de Esperança que é depois da ressurreição que se celebra na missa ao domingo", explica Filipe d'Avillez.
"É um dia muito importante nesta jornada. Vamos recordar aquilo que Jesus sofreu por nós, não por sofrer, mas por amor e que depois se com se consuma na missa, que vai ser o ponto final desta Jornada", conclui o especialista em assuntos religiosos.