Depois de um dia dedicado à educação, a noite de sexta-feira foi quase académica. A Iniciativa Liberal fez uma arruada que começou tímida, no Cais do Sodré, mas que acabou bem mais animada em Santos.
Por ali dizia-se que este é o partido dos jovens, até daqueles que não têm ainda idade para votar.
Cotrim de Figueiredo dá a palavra em como não fará Governo com o Chega
O presidente da Iniciativa Liberal (IL) deu a sua palavra, quando interpelado por jovens, em como não integrará um governo com o Chega.
“Tens a minha palavra. Podes ter a certeza de que a IL não vai fazer parte de uma solução governativa com o Chega”, garantiu João Cotrim de Figueiredo, na sexta-feira à noite, a Diogo, de 19 anos, que o questionou sobre o que tencionava fazer após 30 de janeiro.
Dizendo não querer “de todo” o Chega no poder, Diogo assumiu, perante o liberal, que estava a pensar votar no PS porque era maneira de afastar o partido liderado por André Ventura.
Na resposta, Cotrim de Figueiredo tranquilizou-o e pediu-lhe, até, para espalhar pelos amigos de que a IL “só tem uma palavra” e, portanto, “faz o que diz e diz o que faz”.
A questão não ficou por aqui com um outro jovem, com amigos numa esplanada, que no momento em que passava a comitiva partidária quis saber como é que o partido liberal tencionava formar governo sem a formação de Ventura.
“Como pretende ter maioria ou formar governo sem o Chega?”, indagou.
Insistindo que já disse “20 vezes” que não contará com o Chega, Cotrim de Figueiredo ressalvou que, na sua aritmética, só entra a IL e o PSD e, caso tenha votação suficiente, também o CDS-PP.
“Nem PS, nem PCP, nem BE, nem Chega”, sublinhou, acrescentando que o que aconteceu nos Açores, onde os deputados do Chega e da IL asseguraram a maioria necessária para aprovar o programa de Governo e o Orçamento local, não se vai repetir.
Com Lusa