A poucos dias do início dos Jogos Olímpicos, as restrições para quem chega ao Japão são muitas. Quarentenas obrigatórias, testes diários e muitas horas no aeroporto para conferir documentos. A equipa de enviados da SIC a Tóquio relata a experiência.
Aterrar no Japão é entrar numa realidade de regras onde a educação e o respeito dispensam as palavras. Dificilmente encontramos noutro qualquer aeroporto do Mundo uma patrulha de limpeza tão alinhada à espera de cumprir ordens.
Todo este contexto - já natural - está a ser amplificado pela pandemia de covid-19. O Japão está fechado ao turismo e Tóquio prolongou o estado de emergência até Setembro.
No entanto, o país prepara-se para receber o maior evento desportivo do planeta: sem público, mas com atletas, dirigentes, organização e media. Todos aterram já devidamente credenciados, munidos de documentos, com resultados de testes feitos entre 96 e 72 horas antes da partida, formulários, registos e autorizações. Tudo é verificado e revisto em várias fases do processo de desembarque.
Sempre que algum dos requisitos falha a engrenagem engasga-se. Basta haver um engano na etiqueta que identifica a análise à saliva e acrescenta-se uma hora na espera pela receção dos resultados.
Seis horas e meia depois da aterragem - e após 17 horas de viagem táxis requisitados pela organização levam os passageiros um a um – chega-se ao hotel, onde se inicia a quarentena obrigatória de 14 dias. Quem tem acreditação Tóquio2020 pode sair ao quinto dia para ir a um espaço que pertença aos Jogos Olímpicos e num transporte oficial.
Nos primeiros 4 dias sair do quarto só para vir à porta recolher lençóis e toalhas. Ou então por ordem de um delegado de saúde descer á receção do hotel para mais um teste PCR.
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