Jogos Olímpicos

Dezenas de países querem banir atletas russos dos Jogos Olímpicos 2024

Trinta e cinco países vão exigir que os atletas russos e bielorrussos sejam banidos dos jogos Olímpicos de 2024. Zelensky pede que não se encubram os crimes da Rússia com uma “falsa neutralidade” ou “bandeira branca”.

Dezenas de países querem banir atletas russos dos Jogos Olímpicos 2024
Christophe Morin/IP3

Mais de 30 países vão exigir que os atletas da Rússia e da Bielorrússia sejam banidos dos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris. Entre estes países estão os Estados Unidos, a Alemanha e a Austrália.

O anúncio foi feito esta sexta-feira pelo ministro do Desporto da Lituânia, depois de uma reunião por videoconferência com representantes de 35 países, na qual participou também o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Zelensky considera que os atletas russos - por serem representantes de um “Estado terrorista” - não têm lugar na competição.

“Não podemos encobri-lo com uma falsa neutralidade ou com uma bandeira branca. Porque a Rússia é agora um país que mancha tudo de sangue - até a bandeira branca”, defendeu o Presidente ucraniano.

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"Enquanto a Rússia mata e aterroriza, os representantes do estado terrorista não têm lugar no desporto e nas competições olímpicas. E isso não pode ser encoberto com uma pretensa neutralidade ou uma bandeira branca. Porque a Rússia agora é um país que mancha tudo com sangue - até mesmo a bandeira branca.

Entretanto, o Comité Olímpico está a estudar formas que permitam a participação dos atletas.

Paris também não quer atletas russos nos Jogos Olímpicos

Já esta semana, a presidente da Câmara Municipal de Paris tinha afirmado não querer atletas russos nos Jogos Olímpicos de 2024.

“Por mim não participam enquanto esta guerra se mantiver. É inconcebível que eles participem como se nada fosse. Terem uma delegação que vem desfilar a Paris, enquanto as bombas continuam a cair sobre a Ucrânia”, afirmou Anne Hidalgo.

Apesar disso, a autarca mostrou-se disposta a abrir as portas a atletas russos dissidentes. Impôs, no entanto, uma condição: desfilarem com a bandeira dos refugiados.

Garantiu, no entanto, que Paris não deixará desfilar “um país que invadiu outro e fazer de conta que isso não aconteceu”.