Mais de 30 países vão exigir que os atletas da Rússia e da Bielorrússia sejam banidos dos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris. Entre estes países estão os Estados Unidos, a Alemanha e a Austrália.
O anúncio foi feito esta sexta-feira pelo ministro do Desporto da Lituânia, depois de uma reunião por videoconferência com representantes de 35 países, na qual participou também o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Zelensky considera que os atletas russos - por serem representantes de um “Estado terrorista” - não têm lugar na competição.
“Não podemos encobri-lo com uma falsa neutralidade ou com uma bandeira branca. Porque a Rússia é agora um país que mancha tudo de sangue - até a bandeira branca”, defendeu o Presidente ucraniano.

"Enquanto a Rússia mata e aterroriza, os representantes do estado terrorista não têm lugar no desporto e nas competições olímpicas. E isso não pode ser encoberto com uma pretensa neutralidade ou uma bandeira branca. Porque a Rússia agora é um país que mancha tudo com sangue - até mesmo a bandeira branca.
Entretanto, o Comité Olímpico está a estudar formas que permitam a participação dos atletas.
Paris também não quer atletas russos nos Jogos Olímpicos
Já esta semana, a presidente da Câmara Municipal de Paris tinha afirmado não querer atletas russos nos Jogos Olímpicos de 2024.
“Por mim não participam enquanto esta guerra se mantiver. É inconcebível que eles participem como se nada fosse. Terem uma delegação que vem desfilar a Paris, enquanto as bombas continuam a cair sobre a Ucrânia”, afirmou Anne Hidalgo.
Apesar disso, a autarca mostrou-se disposta a abrir as portas a atletas russos dissidentes. Impôs, no entanto, uma condição: desfilarem com a bandeira dos refugiados.
Garantiu, no entanto, que Paris não deixará desfilar “um país que invadiu outro e fazer de conta que isso não aconteceu”.