“Não há lugar nenhum em que eu deveria estar senão aqui, entre as melhores". Sou muito competitiva e não vou facilitar para ninguém”. Vanessa Marina sonha alto, mas gosta “de olhar os degraus um de cada vez”. A portuguesa sabe onde quer chegar nos Jogos Olímpicos de Paris, os primeiros a receber o breaking.
Aos 32 anos, Vanessa deu muitas voltas para estar entre as 16 melhores b-girls do mundo. A estratégia que utilizou para chegar longe na modalidade é para manter nos desafios que vai ter nesta sexta-feira.
“Normalmente pontuo mais na originalidade e musicalidade, a minha parte acrobática não é tão boa como a das outras”, conta a atleta.
Quem é a portuguesa que vai dançar em Paris?
Nascida em Leiria, Vanessa Marina andou na Escola Superior de Dança, em Lisboa, e seguiu para Londres em 2014 com o sonho de entrar numa companhia de dança contemporânea.
Os planos não correram como o esperado e o breaking entrou na vida da portuguesa, hoje com 32 anos, que começou a praticar a modalidade ao mesmo tempo que trabalhava num restaurante e dava aulas de dança.
Depois do bronze no Europeu da modalidade em 2022, a B-girl apurou-se para Paris 2024 em Budapeste, na última etapa das qualificações para, fechando o ranking olímpico na nona posição.
Quer “fazer homenagem” a Yusuf
Vanessa dança com base no improviso, influenciada por tudo o que a rodeia. E nestes Jogos Olímpicos, encontrou uma inspiração num fenómeno de popularidade.
"Aquele senhor que ficou em segundo lugar no tiro. A postura do senhor, a maneira dele se vestir e descontração”. Vanessa fala de Yusuf Dikec, que conquistou uma medalha de prata e encantou o público com a tranquilidade de quem está a brincar e não a disputar uns Jogos Olímpicos.
A b-girl quer “fazer uma homenagem” ao atirador turco e, sobretudo, brilhar na estreia do breaking no maior palco do desporto mundial.