A Câmara Municipal de Lisboa informou as redações, ao início da tarde desta quinta-feira, que reuniu pela manhã com representantes da Igreja e com a construtora responsável pelo polémico palco da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Não saíram quaisquer conclusões da reunião, mas é certo que José Sá Fernandes não esteve presente.
“Este foi mais um encontro de trabalho, na sequência de muitos outros, que têm decorrido desde o final da passada semana. As equipas técnicas vão continuar a trabalhar de forma empenhada para que no mais curto espaço de tempo seja possível apresentar novas soluções na sequência dos apelos do senhor presidente da Câmara Municipal de Lisboa e do senhor Bispo Auxiliar de Lisboa”, refere apenas a autarquia.
O encontro, informa ainda a CML, “decorreu num ambiente muito positivo, construtivo e de grande disponibilidade de todas as partes presentes na procura de soluções alternativas para o grande desafio”.
Presentes estiveram o autarca de Lisboa, Carlos Moedas, o bispo auxiliar de Lisboa e presidente da Fundação JMJ, D. Américo Aguiar, o “vice” de Moedas, Filipe Anacoreta Correia, o presidente da Sociedade de Reabilitação Urbana, António Lamas, responsáveis da empresa Mota Engil e diversos elementos das respetivas equipas de projeto da CML e Fundação JMJ Lisboa 2023.
O destaque vai, porém, para o grande ausente: José Sá Fernandes, o coordenador do projeto nomeado pelo Governo, mas que no início desta semana foi excluído do grupo pela Câmara Municipal de Lisboa.
Recorde-se que, após esta decisão, o gabinete da ministra Ana Catarina Mendes veio reafirmar que mantinha o ex-vereador como, na prática, porta-voz do Governo no grupo de projeto das JMJ.
Falta meio ano…
A Jornada Mundial da Juventude, considerada o maior acontecimento da Igreja Católica, vai realizar-se este ano em Lisboa, entre 1 e 6 de agosto, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas.
As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.
As jornadas nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.