Operação Lava Jato

Tribunal brasileiro absolve senadora Gleisi Hoffmann de corrupção

A senadora brasileira Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores, foi absolvida na terça-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF) das acusações imputadas pela Procuradoria-Geral da República sobre corrupção, na sequência da operação Lava Jato.

Tribunal brasileiro absolve senadora Gleisi Hoffmann de corrupção
Adriano Machado

Gleisi Hoffmann tinha sido acusada de receber um milhão de reais (230 mil euros) da Petrobras, durante a campanha eleitoral nas eleições de 2010.

A senadora, que preside o PT desde o ano passado, foi absolvida por unanimidade pelos cinco juízes do STF, que rejeitaram assim as acusações de corrupção e lavagem de dinheiro na empresa estatal Petrobras.

De acordo com os magistrados, apesar do Ministério Público ter alegado a existência de indícios que a comprometiam em matérias de corrupção e lavagem de dinheiro, não foram apresentadas provas materiais suficientemente fortes que provassem o envolvimento da senadora.

O juiz Edson Fachin, instrutor do caso, declarou ainda ter registado contradições nas acusações do Ministério Público.

Para além da senadora foram ainda absolvidos os dois outros arguidos: Paulo Bernardo Silva, na altura ministro do Planeamento e Transportes e marido da senadora, e o empresário Ernesto Kugler.

Ainda nesta terça-feira, o STF marcou para a próxima terça-feira o julgamento de um pedido da defesa do ex-Presidente Lula da Silva para suspender a sua prisão.

A defesa de Lula da Silva pediu a suspensão da execução da pena de 12 anos e um mês de prisão, num caso que envolve um apartamento e luxo na cidade brasileiro do Guarujá, que lhe teria sido dado como suborno pela construtora OAS em troca de vantagens em contratos com a petrolífera estatal Petrobras.

Se o recurso for aceite pelos juízes, o antigo chefe de Estado brasileiro poderá aguardar em liberdade, enquanto outros recursos deste processo são julgados nas instâncias superiores.

A defesa também pediu a suspensão da inelegibilidade de Lula da Silva.

Lusa