MotoGP

Miguel Oliveira não vai estar no MotoGP em 2026: "Portas fecharam-se"

O piloto português está de saída da Prima Pramac e despede-se, pelo menos em 2026, do MotoGP. Questionado sobre o futuro, Miguel Oliveira diz ter "várias opções em cima da mesa” e abre as portas para o Mundial de Superbikes.

Miguel Oliveira
Miguel Oliveira
Pablo Morano

A Prima Pramac anunciou esta quinta-feira a saída de Miguel Oliveira e a renovação de Jack Miller para o Mundial de MotoGP do próximo ano. Em declarações à Sport TV, o piloto português confirmou a notícia e revelou que não vai participar da competição em 2026.

Não é propriamente uma notícia de última hora. Sabíamos que era uma decisão que estava pendente desde o final de maio, quando foi anunciada a contratação do Toprak Razgatlioglu para a Pramac. Algo inesperado, diria, no sentido de não darmos continuidade àquilo que eu me tinha proposto em 2024, assinando um acordo de um ano com mais um de opção com uma cláusula de performance a metade da temporada. Obviamente, uma cláusula altamente condicionada pela lesão na Argentina. Depois, o anúncio do Toprak veio mexer muito na dinâmica dentro do paddock”, diz Miguel Oliveira.

“Tenho várias opções em cima da mesa”

O piloto português, que compete na MotoGP desde 2019, não afasta um regresso no futuro. “A porta que está aberta para eu sair também pode vir a estar aberta para entrar”, afirma Miguel Oliveira, admitindo que “a prioridade é continuar a correr”. Apesar da indefinição, o futuro não o assusta.

"Estou muito tranquilo. Aliás, sempre estive. Quando sabemos do nosso valor, quando sentimos que podemos acrescentar algo de positivo a qualquer equipa e a qualquer construtor, só podemos ter uma abordagem tranquila. O futuro está em aberto. Neste momento, tenho várias opções em cima da mesa para eu ponderar, mas não são escolhas fáceis."

Mundial de Superbikes?

Nas últimas semanas, surgiram rumores de que Miguel Oliveira pudesse assumir o papel de piloto de testes da Aprilia ou ingressar no Mundial de Superbikes. A segunda hipótese agrada mais ao português.

“Eu quero mesmo é competir, por isso é que o papel de piloto de testes a tempo inteiro me deixa muito dividido. O meu desejo é o de competir, estar em pódios e vencer corridas. A ida para as Superbikes é uma ida que me deixa possivelmente muito agradado, até porque os lugares são em equipas oficiais, com estruturas bem montadas e fortes e isso é a ambição de qualquer piloto: voltar a um sítio onde possa ser competitivo”, conta o português de 30 anos.

Miguel Oliveira não exclui a possibilidade de conciliar as duas coisas - ser piloto de testes no MotoGP e correr no Mundial de Superbikes - e diz que espera ter tudo resolvido “nos próximos dias ou semanas”.