O Centro de Recuperação de Aves da Madeira vai ficar sem veterinário já no final do mês. A instituição acolhe e trata cerca de 500 aves selvagens por ano, que estão em risco de ficarem sem proteção.
O centro abriu em 2022, ainda não está em pleno funcionamento e no fim de setembro vai ficar sem veterinário, quando terminar o estágio de Yanik.
Yanik Silva tem tratado, nos últimos meses, de aves que chegam ao centro de recuperação. A maioria entra com sinais de desorientação, quase sempre provocada pela poluição luminosa.
Pensado para as espécies selvagens endémicas, o centro está também a tratar um falcão peregrino, encontrado nas serras da Calheta com uma asa partida. Mesmo sem aparelhos de radiografia, a fratura foi tratada com uma ligadura e, depois de sarar, haverá fisioterapia.
Mas nem todas as histórias acabam bem e uma coruja e duas crias encontradas num terreno agrícola com suspeitas de envenenamento não resistiram.
Entre histórias com finais tristes e projetos de conservação reconhecidos, na Madeira são muitas as ameaças à vida selvagem.