O ano de 2022 ficou marcado pelo início da guerra na Ucrânia. A 24 de fevereiro, as forças russas invadiram o país vizinho, lançando ataques aéreos em todo o território ucraniano. Com o novo ano a começar - e sem perspetiva de paz à vista - a pergunta coloca-se: irá a guerra terminar durante o próximo ano?
José Milhazes considera que, “com base no que tem acontecido até agora”, o conflito será “bem mais longo” do que se esperava inicialmente. Para o comentador da SIC, o próximo ano não trará “nem sequer um cessar fogo”. Nuno Rogeiro vai mais longe: “Eu acho que a guerra pode acabar com 2023”. O analista considera que este conflito “destruirá os ucranianos, destruirá os russos, destruirá a Europa e o resto do mundo".
"Infelizmente antes que a guerra acabe vamos passar por episódios ainda mais violentos e sangrentos do que aqueles que assistimos até agora”, afirma.
Quando questionados sobre as previsões para o próximo ano, os dois comentadores mostram-se reticentes em avançar com cenários. “Nós só podemos fazer previsões com base nas coisas que conhecemos, não naquelas que desconhecemos”, sublinha Rogeiro. Tendo por base as posições conhecidas dos dois países em relação aos territórios anexados pela Rússia - Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia - o analista não vê “qual possa ser o meio termo”.