Em Portugal, há apenas 300 pessoas diagnosticadas com hipertensão pulmonar, uma doença que pode ser fatal. No Dia Mundial da hipertensão pulmonar, especialistas alertam para a urgência do diagnóstico precoce.
Como é que se sente um doente num dia normal? Sem fôlego.
A hipertensão pulmonar é uma doença rara, incurável, de difícil diagnóstico e, em caso de gravidez, pode mesmo ser fatal. Aliás, quando diagnosticadas em idade fértil, as mulheres são aconselhadas a não engravidar porque a doença "não permite a adaptação da vasculatura pulmonar à sobrecarga de volume gestacional", esclarece a Associação Portuguesa de Hipertensão Pulmonar (APHP).
Há apenas 300 pessoas diagnosticadas com a doença em Portugal, mas estima-se que o número seja muito superior. O diagnóstico pode demorar anos, uma vez que os sintomas são semelhantes aos de outras doenças e, além disso, a patologia é ainda pouco conhecida.
Nesse sentido, no Dia Mundial da Hipertensão Pulmonar, que se assinala a 5 de maio, a APHP lança um apelo a toda a comunidade: é urgente o diagnóstico precoce. Apesar de incurável, a deteção da doença numa fase inicial pode atenuar os sintomas.
Cátia Rodrigues, presidente da APHP, sublinha, em comunicado, que foco da associação continua a ser o diagnóstico, ou seja, "o que representa na vida do doente, nas várias dimensões (pessoal, familiar, social, profissional) e, consequentemente, na sua família".
"Procuramos sempre salvaguardar os direitos e deveres inerentes ao doente e família, estreitando as relações de proximidade com os vários serviços de saúde especializados (Centros de referência)", acrescenta.
É urgente o diagnóstico precoce
Em comunicado, a Associação Portuguesa de Hipertensão Pulmonar informa que vai realizar campanhas de sensibilização. Com uma vertente educativa, vai realizar webinares nas redes sociais da associação, com especialistas da área, destinados a doentes, familiares e cuidadores.
Há ainda ações desportivas, nos dias 6 e 7 de maio, no Luso, inseridas na campanha internacional #GetBreathlessForPH (de todas as associações de doentes da Europa), para aproximar os "cidadãos comuns" da realidade dos doentes.