À chegada, Rui Rangel não quis prestar declarações, mas questionado pelos jornalistas neste primeiro dia de interrogatório, o juiz afirmou sentir-se bem.
Além de Rui Rangel e de Fátima Galante, a Operação Lex tem pelo menos outros dez arguidos, entre os quais o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, o vice-presidente do clube Fernando Tavares e o ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol João Rodrigues.
Cinco dos arguidos que se encontravam detidos já foram ouvidos no Supremo Tribunal de Justiça, tendo saído todos em liberdade, e um deles pagou uma caução de 25.000 euros.
Na operação, desencadeada a 30 de janeiro, foram realizadas 33 buscas, das quais 20 domiciliárias, nomeadamente ao Sport Lisboa e Benfica, às casas de Luís Filipe Vieira e dos dois juízes e a três escritórios de advogados.
Rui Rangel e Fátima Galante suspensos
O plenário do Conselho Superior da Magistratura ratificou esta terça-feira, por unanimidade, a suspensão preventiva de funções dos juízes desembargadores Rui Rangel e Fátima Galante, dois dos arguidos na Operação Lex.
A decisão foi determinada na sexta-feira pelo vice-presidente deste órgão e hoje ratificada pelo plenário do Conselho Superior da Magistratura (CSM).
Em comunicado, o CSM explicou que o plenário decidiu também por unanimidade suspender a promoção ao Supremo Tribunal de Justiça da juíza desembargadora Fátima Galante.
A promoção de Fátima Galante ao Supremo Tribunal de Justiça fica suspensa durante "a pendência do processo criminal" ao abrigo do artigo 108.º do Estatuto dos Magistrados Judiciais, ficando a vaga reservada até à decisão final.
Na sexta-feira, o vice-presidente do CSM determinou a suspensão preventiva dos desembargadores Rui Rangel e Fátima Galante com efeitos imediatos, após serem arguidos na Operação Lex, estando indiciados por crimes de corrupção/recebimento indevido de vantagens, de branqueamento, de tráfico de influência e de fraude fiscal.
Após a audição dos membros do conselho, o vice-presidente do CSM determinou suspender preventivamente os juízes desembargadores arguidos, com execução imediata, "por imperativo de relevante interesse público".
Com Lusa