Operação Miríade

Operação Miríade: alegado líder geria rede pela Internet

Em causa estão as suspeitas de tráfico, pelos Comandos, na Republica Centro-Africana.

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O alegado líder da rede dos Comandos na República Centro-Africana geria o contrabando de diamantes através da Internet em Portugal e numa das operações chegou a negociar por videochamada a compra de 10 mil euros de pedras preciosas em dinheiro vivo.

Segundo o despacho de indiciação a que a SIC teve acesso, antes de Paulo Nazaré regressar a Portugal, terá montado uma estrutura com a ajuda de outros militares Comandos que lhe permitia controlar o contrabando dos diamantes à distância.

A investigação refere que o alegado cabecilha da rede usava as redes sociais e as novas tecnologias para garantir que as pedras preciosas aterravam mesmo em Portugal, em voos militares que não seriam fiscalizados, nem à partida, nem à chegada.

O Ministério Público conta que, no dia 22 de agosto de 2019, Paulo Nazaré, através de uma videochamada, supervisionou a pesagem e compra em dinheiro vivo de 10 mil euros de diamantes.

As obras preciosas terão sido recebidas por um capitão, Ricardo Marçal, também alvo de buscas e já constituído arguido.

O negócio terá sido alegadamente intermediado por um tradutor das Nações Unidas natural da República Centro-Africana que colaborava com os vários contingentes portugueses em Bangui, a capital e que não terá recebido a prometida comissão de 20%.

Foi assim que nasceu a primeira denúncia, sendo que a segunda pertenceu a um Major, que entretanto também foi constituído arguido por suspeitas de pertencer à rede criminosa.

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