A identidade da criança não foi nem deverá ser divulgada mas o caso é descrito pelas Notícias Vaticanas como o que abriu caminho que abriu o caminho à canonização dos dois irmãos beatificados por João Paulo II em 1999.
O milagre reconhecido pela Igreja a 23 de março deste ano diz respeito a uma criança que, com 6 anos, sobreviveu a uma queda de 7 metros e saiu do coma 3 dias depois dos médicos terem traçado o pior dos diagnósticos: se a criança sobrevivesse, seria em estado vegetativo ou, no máximo, com graves deficiências cognitivas.
O facto do relatório da equipa médica ter declarado por unanimidade "cura inexplicável do ponto de vista científico", em 2 de fevereiro de 2007, foi suficiente para o Papa Francisco aceitar canonizar os pastorinhos.
"A família quer fazer esse testemunho em Fátima", disse hoje à agência Lusa fonte do Santuário.
Segundo a Rádio Vaticana "no momento do incidente, o pai da criança invocou Nossa Senhora de Fátima e os dois pequenos beatos".
"Na mesma noite, os familiares e uma comunidade de irmãs de clausura haviam rezado com insistência, pedindo a intercessão dos pastorinhos de Fátima".
O arcebispo de Olinda e Recife já admitiu estar satisfeito por ter sido uma criança da arquidiocese brasileira a viabilizar o processo de canonização dos pastorinhos de Fátima, que se vai realizar a 13 de maio.
"Fiquei surpreso, fiquei contente e feliz que Recife tenha dado essa contribuição. Todos aqui ficaram muito satisfeitos e felizes que esse facto tenha sido levado em conta. Não conheço a criança, mas pretendo entrar em contacto para conhecê-la", afirmou à Lusa Antônio Saburido.
O Vaticano anunciou na quinta-feira que o papa Francisco vai canonizar, a 13 de maio, os dois pastorinhos Jacinta e Francisco durante a sua visita a Fátima para assinalar o Centenário das Aparições.
Francisco e Jacinta morreram ainda crianças, pouco depois de, com a sua prima Lúcia de Jesus (1907-2005), terem estado na origem do fenómeno de Fátima, entre maio e outubro de 1917.
Com Lusa