No meio da confusão das ruas de Jacarta, há já sinais que mostram a vontade de bem acolher o Papa. Em algumas lojas católicas, espalhadas pela cidade, não é excepção, os funcionários têm estado atarefados com a venda dos diferentes artigos especialmente personalizados para assinalar a data.
“Mesmo que não haja grande interesse por estes artigos, eu fico muito. Imprimi 1200 destas t-shirts coloridas, mas até agora só foram vendidas cerca de 600, ou seja, 50%. Mesmo assim, fico muito feliz", conta uma trabalhadora local.
A Indonésia é o maior país muçulmano do mundo. Os católicos representam uma minoria de apenas 3% dos 280 milhões de habitantes, por isso, o Papa inicia a visita na Mesquita Istiqlal, conectada por um túnel de quase 30 metros à Catedral de Jacarta, um símbolo da harmonia inter-religiosa que nem sempre foi uma realidade.
“Não temos qualquer problema com a visita. Ele é o nosso convidado e vamos dar-lhe as boas vindas. Se ele quiser visitar a Mesquita Istiqlal, pode fazê-lo”
“A minha religião é diferente, mas eu gosto disto. Significa estarmos juntos, unidos, respeito mútuo. É disso que gosto. Não me importo que ele venha à Indonésia. Até gosto disso”,
Houve um reforço de segurança no país: mais de 9 mil polícias e militares de múltiplas unidades vão assegurar a visita de quatro dias do Chefe da Igreja Católica.
Em 12 dias, Francisco vai percorrer mais de 30 mil quilómetros. Aos 87 anos, faz a maior viagem desde o início do pontificado para garantir o diálogo inter-religioso e a paz. Os principais temas dos 16 discursos agendados.
Apesar das dificuldades que os problemas de saúde provocam, o Papa vai passar ainda pela Papua Nova-Guiné, Timor-Leste e Singapura.